MATO NÃO MATA


  

“Invadiendo mi nido, ¡perdono, pero nunca olvido!”.

Recomendo esta canção:

Maconha é mato
E arma mata
É contra um, cada boçalmínio
Mas a favor do extermínio
Bem se vê o
Onze de setembro
Triste em alguns aspectos
Torres gêmeas igual três mil mortos
USA no Chile promove cinquenta mil.
E há que diz “nada sei, não me lembro”
E ignora até o ano sessenta e quatro no Brasil
Mas tortura e morte seguem séquito
Numa atrocidade horrorosa
Cada século tem sua direita
Dezenove, vinte e vinte e um
Caxias, Bonifácio e Ruy Barbosa
Lacerda, Francis e Nelson Rodrigues
Boçalnaro, Catacoquim e Alexandre Frota
Tudo fede, tudo fezes, tudo idiota.
Mas diz Robinson Ayres:
“Mudo o rumo da caminhada
Indo sempre pela esquerda”
Digo eu: pior ter tudo que ser nada.


 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve ao Ad Substantiam semanalmente às quintas-feiras; e todo domingo no seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Imagens:
Foto (do autor) por Vinícius Siman.

Escrito e trabalhado entre os dias 11 e 13 de setembro de 2018.

Comentários