A MORTE HÁ



Sobre o Sete de Setembro, repito as palavras de Joaquim José da Silva Xavier:
“Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la”.
(Tiradentes)

Dias um, dois, três do nove tudo se dá mal
Sábado morre a Biblioteca em São Luiz
No domingo é o Museu Nacional
E há no Centro Histórico de Salvador um dia infeliz.

Em Minas: Água fim de semana
Copasa corta. No Rio:
Luzia, sobrevivente a onze mil anos,
Agora está morta.

Morreu Luzia
Após onze mil anos
Calaram tudo que ela nos dizia
É o Governo nos dando danos.

Quem quer do Brasil
Uma grande Nação
Não busca porte de fuzil
Nem milita intervenção.


 Rubem Leite é escritor, poeta e crontista. Escreve ao Ad Substantiam semanalmente às quintas-feiras; e todo domingo no seu blog literário: aRTISTA aRTEIRO.  É professor de Português, Literatura, Espanhol e Artes. É graduado em Letras-Português. É pós-graduado em “Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica”, “Ensino de Língua Espanhola”, “Ensino de Artes” e “Cultura e Literatura”; autor dos artigos científicos “Machado de Assis e o Discurso Presente em Suas Obras”, “Brasil e Sua Literatura no Mundo – Literatura Brasileira em Países de Língua Espanhola, Como é Vista?”, “Amadurecimento da Criação – A Arte da Inspiração do Artista” e “Leitura de Cultura da Cultura de Leitura”. Foi, por duas gestões, Conselheiro Municipal de Cultura em Ipatinga MG (representando a Literatura).
Foto do autor, por Vinícius Siman.

Escrito entre os dias 02 e 06 de setembro de 2018.

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