PRAÇA POENTE – LÚCIO, LUÍS E JOÃO
PLAZA POENTE – LÚCIO, LUÍS Y JUAN
Potira itapitanga.
Em português
A nossa história de hoje no Ad Substantiam começou, do
ponto de vista do leitor, há algumas semanas; do ponto de vista das
personagens, há alguns poucos anos. E seu início de hoje é assim: Seis horas de
uma manhã radiante. Carros passam. Pássaros cantam no primeiro despertar na
primeira casa de nossos amigos recém-casados.
- Bom dia, Lúcio! – Fala bocejando.
- Bom dia, Luís! Estou faminto.
- Rarrá! Eu também. Você faz o café enquanto compro o
pão.
- Temos que repor nossas energias... – Lúcio não
resiste e gargalha pensando em sua noite. Então levantam e vão ao banheiro.
- Lucio! O que nós dois, ou mesmo dez homens, podemos
fazer ao mesmo tempo no mesmo lugar e duas mulheres num conseguem?
- ?
- Mijá na privada...
- Rarrá!
Depois da higiene matinal cada qual vai fazer sua
parte para o desjejum. Assim que abre a porta, Luís chama baixinho o seu marido:
- Lúcio! Tem um garoto na varanda.
- Quê? – Pega a bengala e caminha para a varanda.
- Garoto! Ô garoto! – Chama Luís.
O menino levanta num pulo assustado. Lúcio sente que
ele vai sair correndo.
- Espera! Está com fome?
Silêncio.
- Diga sim ou não, garoto. Como pode ver eu não posso
ver.
- O que ocê prefere? Dez reais hoje ou ter pão todas
as manhãs? – Pergunta Luís.
Numa voz sumida: “O pão...”
- Então faça o seguinte. Vamos te dar os dez reais e ocê
vai à padaria comprar dez pães e um litro de leite.
- Se sumir com o dinheiro ele será seu, mas nunca
mais terá nada de nós. – Lúcio completa. – E muito menos respeito. Se voltar,
inclusive com o troco, vai tomar café conosco e poderá voltar amanhã e nas
outras também. E quero a notinha.
Enquanto o garoto vai, Lúcio faz o café e Luís arruma
a mesa.
- Acha que ele volta?
- Penso que sim. Afinal é comida garantida.
- Sei não, Lúcio! Gente da rua não costuma pensarassim.
Pensapenas no agora. O amanhã está muito distante.
- É esperar para ver.
Na mesa banana, laranja, mamão, xícaras, manteiga,
queijo, garrafa de café bem forte, do jeito que os dois gostam.
Palmas e Luís atende.
- Entre.
- Lave as mãos e sente-se à mesa conosco. – Lúcio diz.
– O banheiro é naquela porta ali, garoto.
Minutos depois:
- Eu sou Lúcio. Ele é Luís. E você?
- João.
De barriga cheia:
- Estamos de saída. Vamos trabalhar. E como dissemos.
Você poderá tomar café amanhã conosco. Basta está aqui às seis horas, como
hoje, pegar o dinheiro para ir à padaria. Tudo bem para você?
- Sim senhor.
- Senhor não. Chame a gente pelos nomes. Lúcio e Luís.
Passando algumas semanas, o tempo começou a esfriar. Acordados,
os dois esperam João aparecer para dormir na varanda.
- Demorou a aparecer.
- Boa noite, Luís. Que faz acordado?
- Lúcio! Ele chegou.
- Entra com ele.
Uma vez dentro de casa. Luís começa a falar:
- João! Lúcio observou que está começando a esfriar e
que não fica legal você ficar aí fora nesse tempo. Queremos convidar você a
dormir no quartinho vago, o que a gente colocou nossos livros.
O brilho dos olhos foi sua resposta.
- Mas para isso você vai ter que tomar banho. Não
dará para ficar aqui desse jeito. – Lucio completa. – Hoje você dorme com uma
de nossas camisas e amanhã... Isso é, se você aceitar morar aqui, conosco... e
amanhã, aproveitando que será sábado, a gente sai para comprar umas roupas
novas para você.
- É sério?
- Sim!
- É claro que aceito.
- Então vá tomar banho enquanto procuro coisas para
você vestir. – Diz Luís.
- Depois a gente janta. – Diz Lúcio
- E lava direito o sovaco, os pés, o pescoço. E não
se esqueça do pinto. Peru sujo ninguém merece.
- Não fale assim, Luís. Ele pode pensar que estamos
tendo más intenções.
- Que isso? O garoto é inteligente e já tem quase
quinze anos...
- Por isso mesmo.
- Mas não estamos tendo.
- Está certo. Está certo. Entendi. – Lúcio percebe
pela voz que Luiz está sorrindo.
E assim encerra nossa história de hoje. Com uma nova
família. Enquanto carros atravessam a rua e nenhum pássaro cantando de noite. Mas
as estrelas e a lua brilham.
En español
Nuestra
historia de hoy en el Ad Substantiam empezó, del punto de vista del lector, hay
algunas semanas; del punto de vista de los personajes, hay algunos pocos años.
Y su inicio hoy es así: Seis horas de una mañana radiosa. Coches pasan. Pájaros
cantan en el primer despertar en primera casa de nuestros amigos recién-casados.
-
¡Buen día, Lúcio! – Habla bostezando.
-
¡Buen día, Luís! Estoy hambriento.
-
¡Jajá! También estoy. Hacé el café mientras compro el pan.
-
Tenemos que reponer nuestras energías…
Lúcio
no resiste y carcajea pensando en su noche. Entonces levantan y se van al baño.
-
¡Lúcio! ¿Qué nosotros, o mismo diez hombres, podemos hacer al mismo tiempo en
lo mismo lugar y dos mujeres no consiguen?
- ¿?
-
Mear en el retrete…
-
¡Jajá!
Después
de la higiene matinal cada cual se va a hacer su parte para el desayuno. Así
que abre la puerta, Luís llama en voz baja a su marido:
-
¡Lúcio! Hay un muchacho en nuestra terraza.
Lúcio
coge el bastón y camina hasta el terrazo.
-
¡Muchacho! ¡Oye, muchacho! – Dijo Luís
Asustado,
el galopín se levanta en un salto. Lúcio siente que él se va a salir corriendo.
- ¡Espera!
¿Estás con hambre?
Silencio.
- Diga
si o no, chico. ¿No puedes ver que no veo?
- ¿Qué
preferís? – Pregunta Luís. – ¿Diez reales hoy o tener pan todas las mañanas?
En
voz sumida: “Pan…”
-
Entonces, le daremos los diez reales y vas hasta la panadería comprar diez
panes y un litro de leche.
- Si
no volvieres, el dinero será tuyo, pero nunca más tendrá nada de nosotros y quedarás
siempre hambriento. – Lúcio completa. – Y mucho menos respecto. Si tú y el
cambio volvieren, vas a desayunarte con nosotros. Y podrás volver mañana y en
los otros días también. Y quiero la factura.
Mientras
el galopín se va, Lúcio prepara el café y Luís arregla la mesa.
- ¿Creés
que él vuelve?
- ¡¿Promesa
de comida diaria?! ¡Por supuesto!
-
¡No lo sé!, Lúcio. Gente de las calles no se acostumbra pensar así. Piensan
solamente en el ahora. Mañana está muy leja.
Los dos
se callan mientras arreglan la mesa. En ella, naranjas, papayas, tazas,
mantequilla, queso, botella de café fuertísimo, al gusto de los dos.
Batida
de palmas y Luís atiende.
-
¡Adelante!
- Lave
las manos y siéntate con nosotros. – Lúcio dijo sonriendo. – El baño es en
aquella puerta. ¡Ándate, muchacho! Vas a lavar las manos.
Minutos
después:
-
Soy Lúcio. Él es Luís. ¿Y tú?
-
Juan.
Satisfechos:
-
Estamos de salida hasta nuestros trabajos. Pero, es como dijimos; mañana podrás
desayunar con nosotros. Solo necesita está acá a las seis horas, como hoy,
pegar la plata y salir de compra a los panes. ¿Estamos acordados?
-
¡Sí, señor!
-
Señor no. Nos llame por nuestros nombres, Lúcio y Luís.
Pasando
algunas semanas, el tiempo empezó a enfriar. Despiertos, la pareja espera Juan
llegar para dormir en la terraza.
-
Tardás a aparecer.
-
Buenas noches, Luís. ¿Por qué estás despierto?
-
¡Lúcio! Él llegó.
-
Entra los dos.
En
la casa Luís habla:
- ¡Juan!
Lúcio ha observado que estás empezando a enfriar y no es bueno que quedes al
relente. Queremos invitarte a dormir en la habitación vacante, lo que ponemos nuestros
libros.
El
brillo de los ojos fue su respuesta.
- Sin
embargo, hay que bañarte. Nos es posible que se quede sucio en nuestra casa. –
Habla Lúcio. – Hoy duermes usando una de nuestras camisas y mañana… Eso es, si
aceptar a vivir acá, con nosotros… y mañana, aprovechando que será sábado, vamos
a salir de compras; pues necesitas nuevas ropas.
-
¿En serio?
-
¡En serio!
-
¡Vale!
-
Entonces andá a la ducha mientras procuro ropas que puedas utilizar. – Dijo
Luís.
- En
seguida comeremos. – Acrecentó Lúcio.
- Y
lavá bien el sobaco, los pies, el cuello. Y no olvidá del pollo. Pinga sucia
nadie merece.
- No
charles así, Luís. Él podrás pensar que estamos teniendo malas intenciones.
-
¿Por qué? El chavo es inteligente e ya tiene quince años…
-
Exactamente por eso.
-
Sin embargo, no las tenemos.
-
¡Vale, vale! Comprendo. – Lúcio percibe por la voz que Luís sonreí.
Y así
encierra nuestra historia de hoy. Con una nueva familia. Mientras los coches
atraviesan la calle y ningún pájaro cantando por la noche. Sin embargo, las
estrellas y la luna brillan.
Diquinha de português:
Quando usar “há”, “a” ou “à”:
O verbo haver tem sua origem na palavra latina habere, devendo assim
ser escrito sempre com h. Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem
sentido de “existir” e é conjugado na terceira pessoa do singular. (Há um modo
mais fácil de fazer essa massa de bolo. Existe um modo mais fácil de fazer essa
massa de bolo.). Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em
expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”. (Há muito
tempo não como esse bolo. Faz muito tempo que não como esse bolo.”. Logo, para
identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas
expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real
da frase, emprega-se “há”. (Há cinco anos não escutava uma música como essa. Substituindo
por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.). contudo, não
se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é necessário
colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo
decorrido.
Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido
de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”: (Daqui a pouco
você poderá ir embora. Estamos a dez minutos de onde você está.).
Usa-se “à” quando usamos expressões que se referem ao
lugar. (Vou à padaria e venho já. Todos os alunos foram à praia depois das
aulas.). Quando se refere ao objeto indireto ou a um complemento
nominal. (Eu disse à professora que não sabia a matéria. Eu chegarei à sua
casa à hora marcada.).
Para saber mais sobre Lúcio e Luís, leiam:
Escritor, poeta e crontista; professor de Português, Literatura e Artes.
Escreve ao Ad Substantiam semanalmente às quintas-feiras.
Cronto pensado e criado em 2009 e retrabalhado entre os dias 30 de julho e 04 de agosto de 2016.
Contato: arterubemleite@gmail.com
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