O fenômeno Dilma

Após o afastamento temporário, a presidenta Dilma vem tornando-se cada vez mais popular; e mais — como diria Josué da Silva Brito, meu companheiro de alfinetadas e discussões polícias: "Dilma está fazendo coisas que, em suas gestões, jamais fez; uma delas é política".
Dilma tem se tornado uma liderança, algo que nunca foi, pois sempre foi vista como subalterna de Lula e seus dois governos "bem sucedidos". O governo e meio que Dilma teve ficaram apenas como uma continuação do lulismo.
A popularidade da presidenta afastada vem crescendo de forma avassaladora (vide o crowdfunding que visou arrecadar uma quantia que cobrisse o auxílio aéreo de Dilma), e isto é favorável a uma possível volta de Dilma à presidência.
Dilma voltará "nos braços do povo", como o velhinho que foi pai dos pobres e mãe dos ricos — como o governo petista, que, pra não perder o poder, fez alianças que contrariavam seus princípios. Mas, afinal, o que são princípios na política pós-moderna!? 
O fenômeno Dilma vem crescendo, vem tomando seu lugar na história da política nacional e, "quizás, quizás, quizás", sendo transfigurado em totem.
Espero que Dilma volte e faça jus aos que a colocaram, novamente, no poder.

As eleições municipais estão chegando, então me ausentarei da política nacional por tempo indefinido, isto é, até quando não conseguir mais falar da política em Ipatinga.
Mas continuo neste mesmo local, neste mesmo dia, só o horário não é certo.



Vinícius Siman

Escritor, diretor, crítico de arte e militante dos direitos humanos. Tem nove livros publicados.
Escreve ao Ad Substantiam semanalmente às sextas-feiras.
Contato: souzasiman@gmail.com


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